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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

De olhos bem fechados...


De olhos bem fechados, os odores quentes e ocres tomavam conta de si na mesma velocidade que as folhas das árvores antecediam o Inverno! O Outono da vida fazia-se notar sobretudo no seu rosto! ...e, cada folha que se precipitava  no sentido do chão e se soltava daquela árvore madura, recordavam.lhe momentos passados que um dia estiveram presentes no centro da vida de Luna. A humidade atravessava o ar e os corpos tornavam-se pegajosos nas primeiras horas do dia. Acordávamos e adormecíamos quase sem fôlego.

As montanhas, longe do olhar alheio, pareciam adamastores envergonhados, gente invulgar e sem rosto, prontas avançar na nossa direcção!

 De lábios doces de mel,  abria devagar e a medo as persianas do rosto banhado em suor e o luar realçava-lhe o tom escuro da pele fustigada pelo sol do verão, acabado de se despedir. No céu havia  uma Lua gigante que olhava fixamente para si!

Luna, temia o pior! O momento que vivenciava, neste preciso instante, faziam-na lembrar horrores de épocas passadas com as quais não aprendera a conviver, ainda! Tudo lhe parecia ora diferente, ora igual, ora igual, ora diferente! Teorizava para dentro de si - havia anos que a vida se encarregava de lhe colocar à frente dos olhos, vezes sem conta (na verdade, todas as que forem necessárias) a mesma coisa!,,, melhor dizendo! o mesmo problema de aritmética para resolver com números diferentes! A intenção era clara e ao que parece, sempre a mesma! Chegar ao resultado x! ...No entanto, enquanto não mostrássemos a nós próprios que seriamos dignos de realizar tamanha prova, jamais sairíamos do mesmo lugar, onde um dia havíamos ficado presos.

Luna tinha sido uma excelente aluna a matemática quando estudante, mas incapaz de resolver operações sem números, mas com pessoas!...anos, após anos, sempre a mesma equação por resolver!...

Vencida pelo cansaço, de ombros caídos, corpo arrastado e olhos de interrogação, sem quaisquer certezas do que via à sua frente, a Lua gigante teimava em cegá-la sem querer! Era chegado o último crepúsculo e com ele o tempo compreendido entre o vespertino e o matutino, o momento exacto e único em que Luna se sentia confundida, entre o sonho e a realidade!

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... o amor, umas vezes aproxima, outras afasta os que o temem!

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...sempre que proferimos palavras, nem sempre são para ser ouvidas pelos outros, mas sobretudo por nós próprios!

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...a nossa vida, é o que quisermos fazer dela! ... no livre arbítrio, podemos ser os nossos maiores amigos ou inimigos!...

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...porque passeiam as pessoas por caminhos de inverdades?!!!...quando, a vida pode ser um arco-iris dourado, a percorrer honestamente!