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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Afinal, qual é a morada do diabo?!!...onde será que vive?!!...eu, prefiro nem saber. Não tenho por ele qualquer espécie de simpatia, empatia, ou outro afecto qualquer. Ignoro-o, e faço com que me ignore também. Não tenho medo dele. Aliás, diria antes, que tenho alguma curiosidade. Tenho a certeza de que se nos cruzássemos, uma única vez, que fosse,  não iria correr bem. Tenho inúmeras perguntas para lhe fazer, que fui guardando de há muitos anos para cá. Bombardeá-lo-ia. Pobre, chego a ter pena dele.

Na verdade, nunca me questionara sobre esta matéria, até então...Foi, quando alguém me chamou atenção para o facto, que resolvi questionar, questioná-lo. Como havia referido antes, ignoro-o. Se é que existe, disfarçado. Também não o procuro dentro de ninguém ou dentro de alguma coisa.

Acabaram por me deixar a pensar!!!quando, colocaram a hipótese deste poder residir dentro de mim...Senti-me ofendida. Achei impossível. Já teria dado por isso, ao longo da minha jovem vida. Já se teria tentado manifestar outras vezes, certamente. Ao que tenho ouvido falar, ele  é exibicionista e vaidoso. Não acredito que tivesse conseguido viver dentro de mim todo este tempo adormecido, sereno,  sem se fazer notar. Eu teria dado por ele.

Se um dia tiveres saudades de um lugar que te trás muitas e boas recordações como um café no meio da cidade; e que por isso voltas lá de novo; e, que por não ser Verão não vais à gelataria do lado, que tem o único sabor de há anos, arroz-doce com bagos de arroz e canela;  depois de passares numa das tuas livrarias preferidas  e mais umas quantas lojas, num final de tarde de domingo; e enquanto passas os olhos por um dos livros novos que acabaste de comprar acompanhada por um chá quente e meia torrada e te parecer entrar alguém conhecido, mas que talvez não seja, porque só o viste uma vez  por minutos, e acredites não ser, apesar da dúvida não ser erradicada por inteiro, mas, porque, entrou e saiu e não te cumprimentou; e,  se, saíres desse lugar com a certeza de que não poderia ter sido, apesar  de continuares a ter presente essa possibilidade, ou essa impossibilidade em consonância com o comportamento; Mesmo depois, de ocupares aquele espaço tantas outras vezes, sem que nada acontecesse, ou julgues que tivesse acontecido, porque apesar de saberes que existe uma remota possibilidade, afinal estás no meio da cidade onde os cafés proliferam, e nem toda a gente gosta de café, como não gosta de caracóis, ou de outras coisas, aparentemente estranhas, ao paladar.
...Mas, se dias depois, te mandarem um vídeo de um filme que já viste e de um livro que já leste sem qualquer legenda, que primeiro estranhas e não entendes a mensagem subliminar, que aguardas uns minutos por uma mensagem adicional que clarifique qualquer coisa e que por fim  lês: You kow when it is the devil...e, devagar, começas a somar cada passo da realidade para trás, cada momento...Tens dificuldade em acreditar, que haja uma relação entre todas as coisas, para além de tanta não lógica, o que te passará pela cabeça? $%&/(()/)=(/&#!#%/()=="###. Certamente, ..ficarás a pensar para o resto vida, que afinal ele existe, que te reconheceu, que já se cruzou contigo e que vive naquele café.

Afinal, onde reside o diabo?...qd tudo o que alguma vez achei possível, foi um novo encontro, casual, dadas as coincidências no passado que me levaram até ali, pouco provável, apesar das distâncias, com alguém que conheci de longe,  que parece não querer diminuir a distância, por razões que desconheço, talvez porque eu seja mesmo a personificação do diabo e não saiba e tenha a mesma antipatia pela figura como eu própria.

Yes, i know ...when it is the devil...

I'm not an angel, but i'm not the devil too...sou apenas uma pessoa...